sábado, 8 de maio de 2010

Delicado

Escrevo com sangue que sai do meu corpo, em todas as paredes do meu quarto. Escrevo os meus pesadelos, os meus desejos, as minhas paixões, os corações arrecadados, e tudo o que em mim vive. Dou e compro flores a meninas que desconheço na minha cidade. São rosas enfeitiçadas do meu amanhecer. Florescem e gritam a sua força ao sol. Merecem ser apreciadas.

Delicado Assim é o meu coração em tempos de chuva, ou em tempos de um calor solitário. Regalam-me os olhos, por cada passagem de peitos, mãos, cabelos, olhos, bocas, cus, gestos femininos. É sangue sim. Aquilo que me percorre o interior das veias. É coragem que me enche a caixinha aparentemente posicionada na cabeça.

Não me verás chorar...
   

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